terça-feira, 15 de maio de 2012

Longe de mim...

   Está me matando te ver assim: implorando por amor enquanto abraça o seu travesseiro. Cai uma lágrima, cai o mundo lá fora, cai você.
   Me dói te ver clamando por compaixão enquanto cata os pedaços do seu coração, espalhados por toalhas de piqueniques e na areia da praia. Reclama dos copos sujos, das vezes que te magoaram, do mundo girando enquanto você prefere não viver.
   Me magoa ainda mais saber que você chora e nem me nota. Anda de cabeça baixa, chutando pedras e sonhos - entregando-os ao léu - sem me olhar nos olhos. Queria ver o brilhos dos seus olhos de novo... queria te ver brilhar.
   Seca essa lágrima, pega o pó de pirlimpimpim, joga pro alto e permita-se voar novamente. Deixa eu te proteger do mundo lá fora. Deixe-me montar a barraca que vai nos servir de abrigo - enfeito-a com luzes, faço origamis pra pendurar no teto, compro aquelas balinhas azedas que você tanto ama e toco a sua música no violão todas as noites para você dormir em paz.
   Está me mantando te ver assim: decepcionada com a vida e ainda assim acomodada. Essa não é você. Cadê a jovem revolucionária que sempre lutou por mudanças? Aonde foi que ela se perdeu, em meio a cartazes e caras pintadas?
   Vem viver de sonhos comigo. Te faço uma casa na árvore, coloco um telescópio e te convido pra ver as estrelas. Te ofereço lírios do campo se você me prometer um sorriso. Queria ver seu sorriso de novo... queria te ter só pra mim.
   Sai dessa cama que eu construo um chalé nas montanhas do Nepal, um balão que nos leve até o Havaí e um barco para conhecermos a Antártida. Posso ser seu amigo, seu amor, seu porto seguro. Saco de pancada, válvula de escapa e o cara em que você vai confiar de olhos fechados. Deixe-me ser seu príncipe encantado. Permita-me estar ao seu lado. Só preciso ver você respirar, suspirar, me olhar...
   É, está realmente me matando te ver assim: bem longe de mim.

domingo, 6 de maio de 2012

É só de amor que eu sei falar

Me enganei ao dizer que não sei mais o que é o amor. Tolinha... Há amor me cercando todo dia santo, todo dia de feira.
Amor que observo, amor que comento, amor que recebo, amor que dou. Há amor cada vez que torço pra que dê certo, que aconselho, que planejo e sonho junto.
Há amor em mim, em você e torço para que ainda haja no mundo.
Cerco-me de algo invisível, maleável, que passei ao meu redor e nem percebo. Apenas sinto. Transmito. E quando vejo: sou feita de amor!
 
By Biatm ░ Créditos: We ♥ it