terça-feira, 31 de agosto de 2010

Pálida luz

Sentirei falta de desejar-te "Boa madrugada"
Pelo simples significado que isso tem:
Não te direi mais nada
Talvez um triste "Adeus, meu bem"

E em cada novo "Boa noite" não dito
Você seguirá sendo a luz pálida
do elevador que me leva às estrelas

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Lágrimas... cadê vocês?

_ Posso te confessar uma coisa?
  Ela o encarou com um olhar de obviedade. Ele já a conhecia e sabia desse olhar, então seguiu em frente ainda que ela não tivesse reproduzido uma palavra.
_ Acho que não sei chorar.
   Ela permaneceu fitando-o, levantou uma sobrancelha e nada disse.
_ Será que você pode expressar com palavras o que você está sentindo ou pensando?
_ Como não consegue chorar? Seu coração virou pedra de gelo que não derrete nem mesmo nesse asfalto quente?
  Ele sorriu. Ela sempre conseguia misturar realidade e poesia. Nada de conseguir voar ou teletransporte, se ela fosse super-heroína, não conseguia imaginar outro poder mais incrível para ela do que esse.
_ Talvez nem o asfalto quente o derreta... De que é feito seu coração?
_ Bom... - pensou por um momento. _ Se o seu coração é feito de gelo, o meu é feito de água líquida, pronta para ser bebida.
_ Por que você está sempre pronta para amar?
_ Não. Porque eu sempre choro por tudo!
   Gargalharam juntos, enquanto gaivotas voavam lá no céu, indicando que o fim da tarde chegara.
_ Como não consegues chorar?
_ Não sei... Já tentei. Mas meus olhos nunca ficam marejados e as lágrimas nunca caem. Nunca tive a sensação de chorar descontroladamente, até ficar com os olhos inchados.
_ Entendo. - olhou para o céu, seguiu com os olhos as nuvens que passavam, acompanhando o vôo das gaivotas para oeste. _ Tive uma ideia! - falou saltitante. _ Preciso me concentrar. Fica quieto!
    Então ela pensou no dia em que seu pai morreu. Sua primeira experiência com a morte. Antes disso, a morte era como estrela cadente, só ouvira falar, mas nunca presenciara. Lembrou-se do homem que o pai era, das vezes em que brincaram de avião e ele a jogava para o alto - parecia que ela poderia alcançar o sol - e de quando fizeram, juntos, um bolo de aniversário para sua mãe.
   Logo chorou. Seus olhos seguiram o ritual que o amigo tanto pedira para que acontecesse com ele: os mesmos ficaram marejados e depois as lágrimas desceram pela face. Ela passou o dedo na bochecha molhada e passou o líquido no mesmo local do rosto do outro. Ele sorriu ao toque.
_ Pronto. Agora você pode chorar também
_ O que isso significa? - ele perguntou, de forma simples, sem qualquer tipo de repressão
_ Significa que eu estou do seu lado pra tudo: para doar lágrimas ou para olhar o fim da tarde passar.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Agosto

"Estou aprendendo a viver sem você
Já que você não me quer mais"

  Dezenove horas se passaram
e eu fiquei esperando meteoros 
em pleno Agosto, mês de chuvas torrenciais.
Os astros e os jornais me enganaram.
Não apenas eles..


 Responderei aos comentários. Juro mais que jurado! Beijos, queridos

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Por muito tempo me faltou você

_ Nunca fui esse tipo de pessoa...
_ Que tipo? - perguntou ele.
_ Dessas que viaja olhando as folhas passando correndo pela janela do carro ou imagina estrelas cadentes em balões caindo.
_ Mas você sempre foi diferente das outras. Daquelas que fazia da poeira, magia; e das cinzas, cama para deitar.
_ Nunca fiz nada disso! Nunca andei por uma plantação de girassóis ou acampei a luz do luar. Não vi o eclipse solar em um telescópio no alto de uma casa na árvore e muito menos estrelas cadentes e meteoritos caindo do céu em plena noite de lua nova.
_ E por que não o fez?
_ Porque me faltava você.

sábado, 7 de agosto de 2010

Deixa eu me lembrar de criar asas

A vida andava corrida. Já havia mudado a velocidade do carro para mais de 120 e ainda assim, aquele Chevrolet buzinava para mim e gritava: mais rápido, mais rápido! Até que desisti dos carros, dos semáforos e das faixas de pedestre. Subi em um elefante e resolvi conhecer o circo. 
Que belo mundo me foi apresentado. A magia circulava juntamente com cada partícula de poeira daquelas tendas velhas. Eu não mais respirava ar, agora entrava pelas minhas narinas, pura fascinação. Era agora 90% inspiração e meros 10% de transpiração, porque sentia que não era necessário nem mais transpirar - perder suor significaria perder conteúdo.
O teatro envolvia e metamorfoseava o cenário. Tudo se transformava em plenitude; calmaria do mundo encantado que descobri ao ligar o computador. E em poucas horas viajei para o universo paralelo da mágica. Mais pura simplicidade cativante.
Agora eu era tudo em uma coisa só e poderia voar para onde quisesse, porque as palavras me deram asas. Asas eternas, pois quando deitei a cabeça no travesseiro; quando surgiu o dia, eu ainda conseguia enxergar o mundo do alto.


Tenho que responder comentários e prometo que o farei. A vida anda realmente acelerada. Mas não deixo de acompanhar o que vocês escrevem. Perdoem-me se ando sumida, é sempre culpa do vestibular. 
Obrigada BK pela oportunidade de falar e expor ideias (fui entrevistada pela 7ª edição do TOP Blorkutando) e pelo primeiro lugar.  Obrigada Mandy por mais um selinho e pelo carinho de sempre.
E para encerrar, quatro palavras: Teatro Mágico me inspira.

 
By Biatm ░ Créditos: We ♥ it