quarta-feira, 14 de julho de 2010

A falta que você me faz

   Quando houve a necessidade do amor? Foi naquela tarde em que o farol mostrou a dor, ou será naquela manhã quando confirmamos ser um corpo só? O meu faro sente a necessidade do seu perfume, do seu deslumbre. E por quanto tempo mais terei de esperar? Terei de ver o sol se encontrar com a lua, a flor florescer e perceber que não há mais lágrimas em meu travesseiro? Espero seu mundo girar na mesma órbita que o meu para dividirmos passos pelas esquinas e segredos pelos esconderijos da alma.
   Eu nunca pensei estar só. Nunca pensei viver mal em nosso quintal que sempre foi repleto de transparências. Hoje, te procuro em meu escuro pessoal e só sinto perto de mim um temporal de sentimentos vazios. Sem o seu abrigo. Procurei suas letras entre meus papéis e suas melodias em algum lugar do meu computador, mas acho que ambas sumiram. Foram levadas por você quando bateu a porta da sala e disse que não voltaria mais. Não por falta de amor, apenas porque não era mais hora de se estar junto.
   De tanto plantarmos, a flor brotou, mas como nosso amor, ela se criou na distância. Chorou ao partir. Tentei alcançar seus sentimentos e já estavas à mil. Seria impossível tentar entender as certezas e durezas criadas pelo universo em branco que avisto sentado em nosso velho banco. Tento dar mais atenção a cada pulsar do meu coração. Aproximo meus ouvidos para verificar se ele ainda bate. Verifico se ainda existem borboletas em meu estômago quando te vejo. Olhando em volta, uma simples frase fala por mim: Você faz falta. Torço para que batas em nossa porta.
(Por Luiza e Carlo)
Obrigada, Carlo, pela iniciativa de me convidar para que juntos, pudéssemos escrever sentimentos e sentir palavras. Sinto falta de seus comentários e de suas postagens. Com carinho, Luiza

8 comentários:

a_rosa disse...

o texto é mesmo a cara do Carlo, ficou ótimo, parabéns a vocês dois!

Paulo Tamburro disse...

OI LUIZA,

afinal o que são os desencontros?

Impertinência do destino ou realidade que sufoca a fantasia diluida pela improbalidade confessa e que nunca existiu?

Nós criamos o tempo de amar, e esquecemos de perguntar ao tempo.

Nós decidimos ser, aquela oportunidade a melhor, mas não questionamos as raízes das nossas convicções.

Então ilusões, descem morro abaixo das frustrações como as neves das grandes avalanches ou o despencar torrenciais das chuvas de verão.

E nestes casos culpamos a natureza, mas esquecemos de perguntar onde mais poderia haver neve para rolar senão nas grandes geleiras?

Se formatamos amores em geleiras eles irão despencar.

Em qual situação a mais, poderiamos ter chuvas torrenciais e destruidoras, senão na época das chuvas de verão?

Então, mais uma vez, é comum pensarmos que amamos em pleno rigor do sol,esperamos o ceú escurecer por nuvens ameaçadoras, sem que disto venham as consequências.

O amor não tem nada com isso, pois quem ama somos nós, ou pensamos amar, ou queremos amar, sem sentimentos maiores.

Os nossos desencontros são conosco mesmo.

Sempre!

O amor estará sempre disponível, o que temos que aprender é a comprender suas extenção, limites e principalmente, oportunidade.

um abração carioca

Luana zamboni disse...

Eu sinto exatamente a mesma coisa... A interminável espera de que quem desejamos volte, trazendo de volta tudo de bom vivido, trazendo de volta toda felicidade enterrada. =/
Mas as vezes seja melhor assim mesmo não é?

Luciana Brito disse...

Viver assim chega a ser triste. Sempre estar a espera de quem se ama, sem certezas e apenas esperas.

Muito bom, o texto.
Beijo, Luiza.

Bárbara disse...

Ah, que coisa mais linda... que sensibilidade invejável!
amo ler os textos que encontro aqui, sempre me surpreendo!

Anônimo disse...

Que lindo. Você tem uma facilidade tão grande de colocar seus sentimentos em um texto. Muito bom ler algo assim.

Muito obrigada por seus elogios <3

Beijos

Meus desabafos :) disse...

AAAH, que texto liiiindo *____*.Tão cheio de sentimentos reais!


Amei seu blog, vc escreve mto mto mto beeem :)
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BEEIJINHOS!

regina zanette disse...

Não poderia haver melhor dueto. O primeiro parágrafo parece muito com Carlo. Não sei se foi ele quem escreveu, mas se foi você, parece que os dois de compreendem muito bem.

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