Presa estou a essa terra que não me deixa não acreditar no poder da natureza e no poder de cada um de mudar o que parece impossível. Meu inocente pé de feijão não cresce mais nem em algodão e os coqueiros que não dão mais cocos nessa Aquarela do Brasil. Meu planeta esquenta, meu rio está sujo, meu bueiro entupido e minha mata desmatada. Efeito estufa, inversão térmica e aquecimento global: é o planeta se revoltando contra os vilões dessa história que cada vez chega mais próxima do fim.
Ainda assim, me prendo a essa terra, na esperança de ver tudo mudar. Espero o dia em que o céu voltara a ser azul e não mais cinza, minha alface terá gosto de vegetal e não de agrotóxicos ou inseticidas e minha Mata Atlântica estará renascendo.
Renascimento, talvez seja por esse motivo que espero nessa terra. Aguardo pela volta da minha verde esquina, pela consciência ecológica do ser humano e pela vontade de agir contra o mal antrópico. Espero para ver milhares de pessoas à minha janela, protestando por um mundo mais limpo e capaz de nos abrigar.
Você vê o verde virar cinza, o natural virar artificial, a natureza viva torna-se morta e não faz nada; lê cada uma dessas palavras e acha que faço tempestade em copo d'água. Enquanto isso, fora da porta da sua casa, tempestades de verdade acontecem no território vizinho, sua própria floresta tropical vira propriedade inimiga e as estações do ano se invertem.
Não fecha os olhos pro que parece não te afetar, porque esse ar poluído que respiro é o mesmo que o entra pelo seu nariz. Muda! Plante o renascimento.
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